14 maio 2010

Da pintura como carne



Aberta a temporada de arte! Pelo menos para mim, que estava num jejum silencioso e triste, há muito tempo. Para começo de conversa, nada melhor do que pintura. Vi tantas que vou colocar aos pouquinhos, para me deliciar com vocês...

Escrevi um artigo sobre a mostra em homenagem a Lucian Freud, no cento Georges Pompidou. Constatei(mais uma vez) minha paixão pela pintura.

A homenagem se deve à força de suas obras que, em sua maioria, mostram a visão extremamente crua do corpo, resultado da relação que Freud estabelece com seus modelos. Entre atração e repulsa, sem lugar para a indiferença, somos levados a contemplar os corpos pesados, disformes, em posturas relaxadas, tomados pelo torpor, que se entregam em toda liberdade ao artista.

O retrato é seu gênero de predileção: “eu gostaria de que meus retratos fossem as pessoas e não parecidos com elas”.





09 maio 2010

Posso desabafar um pouquinho?

Ai, ai, que já era aquela história de tomar remedinho para emagrecer: agora só malhando. Tenho de perder dois quilos que não vão embora!! Parece que a idade realmente afeta o metabolismo. Amanhã é segunda, dia oficial da dieta. Minha endocrinologista me passou um regime legal, vamos ver.

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Ilios fez dois anos na semana passada e cá estou eu a pensar na vida novamente: engravidar e ter o segundo, muita gente votando contra e eu com um desejo de neném tão grande... Chris quer também, mas a coisa é tão difícil por aqui, longe da estrutura acolhedora e confortável da família... Seja o que Deus quiser. Não quero ter um filho único e despejar nele todas as minhas neuras (o que é inevitável, convenhamos!).

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Coisas de que não gosto

Fazer comida todo dia
Ter de secar o cabelo antes de sair
Fazer dieta
Limpar o chão
Espinhas na testa
Dor de garganta
Sapato apertado
Unha encravada
Queda de cabelo
Calcinha pequena
Desodorante roll-on

21 abril 2010

A gente respira! Afinal, a vida é boa.

Será que é ridículo dizer que "toda mulher precisa de carinho, de ser paparicada, de ser chamada de linda"? Sei lá. Estou pensando na lista de coisas de que gosto. Há tantas! Mas poderia começar por aí: ser paparicada, ir ao restaurante, me arrumar e ouvir que estou linda, usar perfume, fazer a unha, ser massageada. Adoro ser bem tratada, com sorriso, com generosidade, com cortesia, com carinho, com muitos cuidados, mesmo que na simplicidade do dia-a-dia. Se outro dia postei que se não cuidar de mim, ninguém cuidará, hoje posto que não aceito mais na minha vida companhias que não me tratem bem. O trabalho foi longo até ver isso de maneira clara. Aliás, eu sabia que só procurava o que me fazia mal, mas não conseguia me abrir para o bem. Anos de análise e muitas lágrimas derramadas me ensinaram que não há tempo a perder e que (sim!!!) não precisamos sofrer (tanto!). A vida, em seu curso, já propõe os obstáculos. Que coisa é essa de procurar mais? Chega de masoquismo!!!

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entrada: Mil folhas tomate, queijo de cabra, rúcula, vinho tinto (ao fundo)

Hoje, foi um dia desses em que o casal decide sair sozinho, comer bem, tomar vinho e conversar sobre projetos futuros. Fomos a um restaurante que eu conhecia como café. Le Chantefable. O nome é lindo... O almoço foi daqueles, mas Ele comeu demais, está muito cansado e fomos embora antes da sobremesa. Mas conversamos e curtimos o tempo que ali estivemos. O dia está lindo e isso transforma a alma!




20 abril 2010

Vida

Dia estranho.
Saio de casa contente com o sol.
Caminho, caminho, caminho.
Olho para a direita e desço a rue de Rebeval.
Pum. Pum. Ai. Ai. Poste.
Vou dormir com dor de cabeça e olho roxo.

Coisas boas do dia.
Risadas do Nini.
Chris que me paparicou.
O sol, que não deixou de brilhar.

16 abril 2010

Blog do Marcelo Rubens Paiva



É o blog do Marcelo Rubens Paiva, grande ídolo de minha pré-adolescência, escritor, pensador do íntimo da vida e do contemporâneo. Não me lembro se tinha 11, 12 ou 13 anos quando li Feliz Ano Velho. Me lembro daquela época conturbada, difícil, de pouca compreensão e de cegueira. Afinal, se minha adolescência foi difícil, a fase que a precedeu também não deu trégua: na escola tudo corria bem (sempre), mas em casa, na cabeça e no corpo era pura confusão. A história, não menos trágica, de MRP conseguiu atrair minha atenção naquele momento rock n'roll do final dos anos 80. Foi bom, foi muito bom, encontrar um modelo masculino para me inspirar. Mesmo se aquele modelo fosse um porra louca, apesar de brilhante, sensível e lindo.
Fui dar uma volta no blog da querida Serena (ali na lista ao lado) e me deparei com essa informação - MRP é blogueiro do Estadão. Maravilha. Para a falar a verdade, ainda nem li muita coisa, mas já dei uma olhada e fiquei contente.
Quem sabe não preparo um post sobre ele?

Sexta-feira da purificação



A sexta-feira é um dia sagrado. No Brasil, parte da minha família se veste de branco nesse dia; toma-se banho de ervas, de rosas brancas, de sal grosso.
Acordei mais uma vez com uma sensação que me persegue há três dias: cabeça pesada, vertigem, desânimo corporal. Acho que estou retendo líquidos, enfim, situação crítica. Assim, hoje, mais que nunca, não vou fugir à regra, prestando homenagem a esse dia santo: um dia sem ingerir carboidratos, banho de rosas brancas e de sal grosso, ida à academia para malhar e expurgar toxinas, mau-olhados, energias negativas. E mantendo a mente sempre aberta aos bons fluidos que estejam por vir!

15 abril 2010

Lista (do que eu não gosto)

[Em casa]

Não gosto de

Frio com chuva pela janela
Chuva
Frio sem chuva pela janela
Ter de secar o cabelo antes de sair
Tirar a maquiagem dos olhos
Lavar louça
Estender roupa
Arrumar armário da cozinha
Limpar banheiro
Pia cheia

Não gosto de

Música alta
Televisão ligada pra ninguém
Planta sem água
Poeira e teia de aranha
Gordura na parede
Fritura no fogão

Não gosto de

Fazer bolo com pressa
Forno que queima bolo
Forno fraco
Comida fria
Sopa morna
Café velho
Fruta passada
Iogurte ácido

Não gosto de

Acordar no meio da noite
Pensamentos que não sossegam
Dormir menos que oito horas
Não poder fazer a siesta
Ter de tirar as lentes todas as noites
Ter de colocá-las todas as manhãs